Bola de Cristal
Não para ver o passado nem o futuro,
Mas a redoma de paixão…
Voa pela manhã, até à noite
E sonhas com ela… digo, eu…
Não com a bola mas com a dona…
Dona de metade, porque a outra é minha.
A bola de cristal que envolve os dois,
Na magia do amor que acontece…
Que aparece.
Às vezes do nada.
Outras vezes escondido nas pregas do tempo.
Que se enrugou ao melhor estilo do “Regressa a Mim II”
E de repente aparece…
Salta para o quintal e pousa no limoeiro,
Vai e paira sobre as flores…
Semeia amores…
E tu voas com ela…
Olhas para fora e vês,
Vês que eu vou para me encontrar contigo.
Entro na bola e voamos…
Pensamos em tanta coisa,
Já planeamos ir à lua de bola de cristal…
Chega ao entardecer e estás alegre
Eu também…
Dormimos, sonhas comigo e eu contigo.
Acordas e voltas a ver a bola…
Pensaste muita coisa,
Fazes planos, os teus.
Com isso não ficas bem.
Os planos são a dois.
Extravasas teus limites…
Entras mas… mas estás nervosa? Vens depressa demais…
Eu falei-te mas não ouviste...
Era preciso gritar?
Que coisa! Não sabes esperar?
Bateu contra os muros…
Cacos de bola por todo lado…
Acho que não tiraste a carta de bolas de amor…
Falta-te paciência… é uma virtude…
Não a falta, mas tê-la…
Para a próxima conduzo eu…
Eu vou devagar mas é mais certo…
De longe se vai ao perto…
Ou…! Devagar se vai ao longe, é isso…
Agora de bola partida, não se vai não…
Nem amarte nem a plutão…
Mário Silva
25-09-2018
Comentários
Nem a Marte nem a Plutão, mas, se chega a poesia. Lindo!
Obrigado Marsoalex! Bom vê-la de novo... Abraços
Belíssimo teu poema, Mario.
Sinceros aplusos ao teu trabalho poético.
Agradeço Edith! Sempre bom receber sua opinião... Abraços
Agradeço Angelica! Abraço
Bela pintura!
Obrigado Marcia! Abraço!