BUQUÊ DE ROSAS

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No corredor do velho santuário,
com rosas no braço e terço na mão,
passou por mim, qual fosse ficção,
minha musa rezando o seu rosário!

Sua presença era o próprio cenário;
com gesto leve e terno de oração
fez calar a descrente multidão,
e encheu de luz o velho campanário!

Mas, o desejo me chegou ao vê-la...
Quem dera pudesse tão rara estrela,
voltar ao céu da minha solidão!

Não pude me conter; rolou-me o pranto,
pois, fora um dia, todo o meu encanto,
aquela noiva de buquê na mão!


05/2005
Nelson de Medeiros

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Nelson de Medeiros

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Comentários

  • Nelson

    Pelo visto perdeste a noiva

    Mas tenho certeza que já encontraste tua outra metade

    Parabéns 

    Um abraço 

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