Café do crepúsculo

Melhor do que ter para onde ir, é ter para onde voltar. Visitar a terra que tuirou meus pés quando menino, sentir de novo o abraço da mãe, o afago do pai, o carinho dos irmãos e sobrinhos.

Visitar a família é como tomar um gole d’água no desespero da sede. A alma vai se aquietando, e todo o nosso interior vai se regando, tendo vida de novo. Mais do que uma fonte, família é uma cacimba que bebemos e nos banhamos em seguida.

Era 4h da manhã, quando ao longe, ouvi uma música sertaneja. O corpo ainda estava cansado, mas o espírito foi mais forte e me fez levantar. Abri a porta do quarto, o cheiro de café coado chegou até mim. No crepúsculo matutino de domingo, tomei um café com meu pai, temperado de nostalgia feito com água de alegria.

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Assis Silva

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Comentários

  • Que delícia de leitura,Assis! Parabéns.

    DESTACADO 

    Um abraço 

  • Encantador Assis! Senti saudade do colo de pai e de mãe, uma verdadeira nostalgia melancólica. Parabéns. Um forte abraço.

  • Olá, escritor. Esse conto teu reflete bem a sensação desse aconchego e desse doce acolhimento. Parabens

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