Um poema escrito na areia
revela a existência ou não das marés.
O sal conserva os fósseis nas rochas.
Não me lembro onde vi essa afirmação
mas a poesia a endereçou pra mim.
Minha caixa postal lotou-se de incertezas
então prossegui a caminhada sabedor
de que o cais dos meus pensamentos
situa-se à beira do mar...
O mar pertence ao poeta
que engoliu a noite
encostado no poste da solidão
fincado no solo arenoso,
próximo ao poema rabiscado na areia,
à beira-mar.
Caso a moça tenha lido a inscrição,
foi por acaso: o homem das rimas
amassara com criteriosa vontade
o coração dele.
Ah, a noite irrompera por acaso,
caso alguém pergunte.
Rui Paiva
Comentários
Bonito poema, Rui.
Aplausos pela composição.
Não esqueça de colocar sua autoria.
Tudo caminha na direção da Poesia e do Poeta.Tudo é inspiração para escrever ou reescrever.Lindas e poderosas metáforas fazem do texto, texto de valores.
Parabéns por belíssimo Poema caro amigo das letras Rui Paiva.
abraço antonio domingos
Vou descansar amigo.São 5:00 h da manhã.Passei a noite, não e claro, mas lendo ao máximo as publicações de nossos colegas aqui do CPP;Vale a pena, claro que sim.
abraço de antonio domingos
Obrigado por tamanha demonstração de carinho! PAZ E LUZ!
Bela composição.
Aplausos!
Lisonjeado, devido o seu comentário, Alcebíades, obrigado!
Rui, que delícia de poema ....Parabéns!!!
Bjs
Muito obrigado, amiga Márcia!