Uma razão importante é que Jesus Cristo não morreu numa cruz. A palavra grega em geral traduzida “cruz” é stau·rós. Significa basicamente “poste ou estaca”. A The Companion Bible (Bíblia Companheira) diz: “[Stau·rós] jamais significa duas peças de madeira transversais em qualquer ângulo . . . Não há nada no grego do [Novo Testamento] que sequer sugira duas peças de madeira.”

Em vários textos, os escritores bíblicos usam outra palavra para referir-se ao instrumento usado para executar Jesus. É a  palavra grega xý·lon. (Atos 5:30; 10:39; 13:29; Gálatas 3:13; 1 Pedro 2:24) Essa palavra significa simplesmente “madeiro”, ou “pedaço de pau, porrete ou árvore”.

Explicando por que uma simples estaca era usada para execuções, o livro Das Kreuz und die Kreuzigung (A Cruz e a Crucificação), de Hermann Fulda, diz: “Nem sempre havia árvores disponíveis nos locais escolhidos para execução pública. De modo que um simples poste era fincado no chão. Nele os criminosos eram amarrados ou pregados com as mãos para cima, muitas vezes também com os pés amarrados ou pregados.”

A prova mais convincente, porém, vem da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo diz: “Cristo nos comprou, livrando-nos da maldição da Lei por se tornar maldição em nosso lugar, pois está escrito: ‘Maldito é todo aquele pendurado num madeiro [“numa árvore”, Versão Rei Jaime, em inglês].’” (Gálatas 3:13) Aqui Paulo cita Deuteronômio 21:22, 23, que fala claramente de uma estaca, não de uma cruz. Visto que esses meios de execução faziam da pessoa uma ‘maldição’, não seria apropriado os cristãos terem em sua casa imagens de Cristo numa cruz.

Não há evidência de que aqueles que se diziam cristãos usassem a cruz na adoração nos primeiros 300 anos após a morte de Cristo. No quarto século, porém, o imperador pagão Constantino converteu-se ao cristianismo apóstata e promoveu a cruz como símbolo deste. Qualquer que tenha sido a motivação de Constantino, a cruz nada tinha a ver com Jesus Cristo. De fato, a cruz é de origem pagã. A New Catholic Encyclopedia admite: “A cruz está presente tanto na cultura pré-cristã como na cultura não cristã.” Várias outras autoridades no assunto têm ligado a cruz à adoração da natureza e aos rituais do sexo praticados pelos pagãos.