Neste mundo no qual me afundo
sou apenas um simples naufrago
meus segredos escondo bem fundo
e o amor com as mãos eu esmago
Fodo-me aqui onde eu sou um plágio
com palavras de um sentir profundo
são poemas que escrevo e propago
mas que não sou ou serei um segundo
Farta-me de todo o horror do mundo
e fulmine-me com o calor de um raio
ou faça-me a lama na qual me afundo
aí eu mostro o quanto eu sou falho
Falho nas poesias das quais me valho
pois que valham no buraco no qual eu caio
mas quando olho deste buraco e vejo o céu
o mesmo céu que me enterra cada vez mais fundo
Alexandre Montalvan
Comentários
Parabéns Alexandre pelo belo poema. Uma leitura gostosa e agradável!
Um abraço
Alexandre, enquanto lia, pensei: Você é um poeta difícil de ser plagiado.
És único. Há muitos únicos na Casa.
Bom dia querida amiga e poetiza Margarida
Obrigado pelo teu comentário. Na verdade eu é que sou o plágio
e plágio de mim mesmo, plagio das coisas que eu escrevo,
dos amores, dores e horrores de tantas outras vidas que me apavoro.
beijos carinhosos Alexandre
Somos assim. Não temos total consciência do que somos agora e antes. Beijos.
Olá
Alexandre Montalvan,
poeta estiloso,
poema gostoso de ser lido,
isto porque,
é completamente concadenado e encadeado:
palavras por palavras
e seus lindos versos por versos.
Parabéns.
#JoãoCarreiraPoeta.