Completamente só
Nem uma gota de esperança
ficou da colheita de Maio,
apenas lágrimas de orvalho,
e um caule pertencente ao passado.
A luz incentiva a fotossíntese
e a metamorfose esconde-se
sob o olhar da planície que,
envergonhada borbulha olhares
cheios de mistério e vazio.
Desmistifico todo o sentimento
de solidão, em que haja o gosto
de se estar só, por alguns momentos,
apenas com as nossas memórias.
Dar a mão ao vento e acenar
ao tempo, para que pare e escute
o som do silencio.
Aqui até a calmaria tem voz,
que grita com gestos mudos
em direcção a nós.
Voam sombras e olhares,
ciscos que interrompem o pestanejar
da admiração do infinito.
Cristina Maria afonso Ivens Duarte
Comentários
Bom dia Cristina
Uma bela interpretação de como fazer as coisas andarem, viajarem e sentirem.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Maravilhoso texto, Cristina. A natureza e o silêncio são ferramentas hábeis nas mãos dos poetas.
Muito bonito! Cheio de poesia e sentinento a admirar a energia do momento. Gostei muito. Parabéns pelo lindo poema.
Muito grata poeta Bruno.
Cristina
Muito Bonito
Muito grata poeta.
Parabéns poetisa Cristina! Abraços!
Muito grata poetisa.
Olá minha querida poetisa Ivens.
2h55 da "madruga", completamente só.
Eu tenho a percepção de que,
os poetas e as poetisas, amam poetar altas horas da noite.
Talvez estimule a criatividade.
Sem nenhuma gota de esperança a poetisa se encharca de lágrimas retratando o orvalho.
Envergonhada desmistifica todo sentimento de solidão.
A poetisa dá a mão ao vento,
acenando ao tempo,
esperando que ele escute o seu silêncio.
Um cisco em seus lindos olhos azulados impede o seu pestanejar.
Mesmo assim, admira o infinito.
Sensacional.
Um texto poético prenhe de arte e beleza.
Parabéns.
Um fraterno abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.
Obrigada poeta João Carreira.