CORDIAL
Deixa-me como tributo um abraço,
Que o beijo moço o tempo desconta
Da velhice deste coração lasso
Devoto ao sonho que a razão confronta.
Em silêncio e distância é que refaço
Canto e comunhão do que foi sem conta,
E exuma o passado o futuro passo
Que irá do escuro ao claro que desponta.
Depois, braços em curvas paralelas
Para o traço de outra geometria
Formarão quatro luas nas janelas
Dos olhos abertos a um novo dia
E eis que luz solar entrando por elas
Fará do peito ateu uma abadia.
(E. Rofatto)
Comentários
Poeta Edvaldo Rofatto, primoroso seu soneto!
E essa cordialidade dos seus versos contagia
os corações mais secos! Lindíssimo! Bjs.
Grato, Mena! Ter a apreciação positiva dos amigos é sempre motivo de felicidade!
Ainda mais quando escrevem lindamente!
Grato, Eduardo! Sua visita e a gentileza do seu comentário: uma satisfação para mim!
Ô Zeka, obrigado pelo cuidado e atenção para com meu texto.
A formatação ficou um prodígio de técnica e de beleza: parabéns!
Sua resposta poética é mais um indicativo da sua diferenciação.
Um amigo especial, você, Zeka!
Edvaldo, simplesmente viajei em teus versos!!! Que melodia inebriante!!
Toca fundo a alma!! Parabéns.
Li, reli e declamei em voz alta, sentindo o arrepio na pele.
Belíssima!!
Grato, Angélica! Fico feliz com a sua visita e agradecido pelo comentário e destaque!
Um privilégio ser lido por você, ter a sua presença aqui e a sua amizade!