A Dança Das Borboletas No Jardim
Isto que Juão Karapuça vai escrever é sim uma crônica.
Entretanto, é uma mini história poética, romântica e humorística.
— É hoje professor deixa comigo:
Estou no meu jardim (Swiss Park), mas estou olhando a grama do meu vizinho Dom Manuel, parece mais verde que a minha, simplesmente pulquérrima.
Este meu vizinho mestre,
tem um jardim de cair o queixo, as borboletas dançam como se fossem artífices de um balé insólito.
Fico observando suas asas,
matizadas com todos os matizes possíveis, parece eclipsar até o sol.
O espetáculo é tão verossímil professor, mas, ao mesmo tempo, possui um quê de místico, como se o jardim fosse cenário de uma história já contada em um distante aforismo poético.
Fico simplesmente encantado.
Mas, Karapuça, por que você fica tão encantado?
— Por quê? Vou dizê-lo:
Professor, as borboletas farfalham ao vento, criando uma sinfonia delicada que, por instantes, parece substituir a cacofonia pragmática da vida cotidiana.
Cada movimento lembra um
— déjà-vu —
distante, como se aquele momento fosse eterno e, ainda assim, fugaz.
Tampouco alguém se preocupa com a obsolescência de seus sonhos naquele jardim do meu vizinho Dom Manuel;
ali, até os estereótipos das flores e dos insetos parecem perder o sentido.
Entretanto,
um certo caos se instaura ali ocasionalmente.
Pois, o Power-Borboleta, com suas asas mega-coloridas, faz galhofar até a abelha mais tacanha.
Simplesmente, o jogo dicotômico entre a leveza das borboletas e a seriedade pragmática das plantas cria uma convivência surpreendentemente harmônica.
Homólogos no amor à vida, borboletas e flores se saúdam amiudamente.
De quando em quando, uma borboleta particularmente portentosa e super azulada surgia, com um farfalhar que quase criava um pequeno furacão entre as “margaridas”.
Dom Manuel, ao ver tal espetáculo, sempre ri e dança soltando um comentário cheio de sagacidade e perspicácia:
“Haja visto que até as borboletas do meu jardim, têm seu momento de glória e eu danço no meio de tal beleza!”
No entanto, o insólito do jardim do meu vizinho não estava na sua grandiosidade, mas na simplicidade.
Amiúde, a beleza matizada das borboletas matizava os corações.
E, entre galhofas e cacófatos, todos que visitavam o jardim, sabiam que,
por mais breve que fosse o espetáculo,
ele era absolutamente insofismável em sua perfeição, como um aforismo que se repete na eternidade.
Fim!
Mas, eu guardei um cheiro poético de borboleta para você.
Que o nosso
— Deus —
te abençoe ricamente tu e tua casa.
P.S. Juão Karapuça é um dos meus mais ativos personagens.
#JoaoCarreiraPoeta. — 12/08/2024. — 22h
Comentários
Admirável seu texto. Borboletas nos encantam pela leveza e colorido. Parabens
Linda crônica. As borboletas estão desaparecidas da região.
Já dediquei horas pesquisando as borboletas mais lindas do mundo, as mais exóticas...
Lindíssima crônica. Parabéns para a parceria.
Margarida teu coração deve ser um dos mais lindo jardins. Imagine a danças destas borboletas dentro dele. Deve ser sensacional.
Caríssimo amigo João Carreira
As borboletas traduzem tudo aquilo que os amantes das letras trazem para si e para os outros um profundo conhecimento que a vida tem a mostrar.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Mestre Bridon bom dia. O Bardo abala as estruturas até nos comentários. Sensacional. Fico ligeiramente lisongeado.
João
as borboletas se tornam mágicas ao seu olho poético e esse jardim também é encantado
Muito lindo demais
um abraço
Obrigado mestre Davi: Pela elegante visita e pela inteligente apreciação.