Crônica da Solidariedade no 13 de Maio

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Crônica da solidariedade.

E convidam-me a discorrer sobre a tragédia que assola o sul pelas águas. Pelo excesso delas, que a água é sempre benvinda e, noutros sítios, anda em falta.

Perplexo, em espanto, vejo rios e riachos incapazes de conter a demanda das chuvas e conduzi-las ao vasto oceano, esparramando-se pelos vales, cidades, por toda a região.

E inutilizam construções, vitimam e desalojam pessoas, crianças e adultos, ricos e pobres, empresários e operários. Inundam condomínios bem edificados e mais ainda barracos da periferia...

Mas nada entendo desses fenômenos da natureza e falo, então, do que dele resultou, a mostrar que o ser humano tem salvação: a solidariedade. Mesmo atravancada, às vezes, por anseios e disputas que polarizam nossa gente, ela supera desentendimentos e revela a cada instante e por todo lugar o quanto nos envolvemos na ajuda ao irmão vitimado por esse infindo desastre ambiental.

É nos momentos de crise aguda que então sobressaem os gestos de sublime e abençoada solidariedade. E a corrente da ajuda se multiplica e, afora as providências que adota (ou deixa de adotar) o poder público, as pessoas comuns se unem nas doações, seja em numerário, em medicamentos, alimentos, vestuário, e em mil outras formas de efetiva doação para que os desabrigados, ou os que vivem agora em centros de acolhimento, tenham um mínimo de meios concretos a suportarem os efeitos da tragédia, a se reerguerem, a recuperarem seus lares, depois que as águas excessivas se forem.

A ajuda humana, concreta, material, é indispensável nesse momento, em que havemos todos nós de sermos misericordiosos, a lembrar a advertência de Jesus na narrativa de Lucas: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”.

A esse gesto concreto de se estender a mão aos vitimados do Sul, claro que acrescemos a ajuda espiritual, implorando ao Altíssimo, como escrito em Gênesis, que faça as águas baixarem: “Deus se lembrou de Noé” ... “Fez soprar um vento sobre a terra, e as águas baixaram”.

Ah, Mestre, permiti também que me socorra vossa santíssima mãe – e hoje a louvamos com o título de Nossa Senhora de Fátima - que, antes mesmo que tivésseis nascido, já exaltava no Magnificat a extensão imensurável da bondade divina:

De geração em geração se estende sua misericórdia sobre aqueles que o temem.” Então, Mãezinha do Céu, de Fátima e do Perpétuo Socorro, socorrei nossos irmãos vitimados pelas enchentes no Sul.

 

pedro avellar

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Pedro Avellar

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Comentários

  • Gestores

    Também destaco, Pedro.

    A ajuda espiritual é muito importante.

    E a ajuda médica que se faz necessária também.

  • Bom dia Pedro Avelar

    Muito bem elaborada sua crônica.

    Se todos darem suas mãos para que tudo seja resolvido será, com certeza, um novo renascer de tantos que hoje necessitam de carinho, amor, justiça e colaboração.

    Parabéns

    Abraços

    JC Bridon  (Bridon)

  •  

    Essa situação que estamos acompanhando com nossos irmãos é muito triste . Temos que implorar a Virgem Maria que ajude o sul do estado a se reerguer dessa catástrofe.

    Você descreveu com esmero. Parabéns, Pedro!

    Destacado 

    Um abraço 

    • Com efeito, Márcia. Muito triste.

      Muito obrigado.

  • Sensiblidade no texto que traz essa situação que comoveu a todos. Abraços

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