O Romance Do Sol Com A Chuva
Juão Karapuça temos um belo desafio pela frente.
Sim.
Contar uma bela história numa rica crônica.
Entretanto, simplesmente, me sinto sob uma forte chuva cognitiva.
— Deve ser a idade do professor.
Deixa que o carioca da gema entre em ação.
Minha percepção é que estou sob a égide do céu vasto, e sinto que o sol e a chuva mantinham um romance canhestro e incognoscível.
Mestre, ninguém entendia essa paixão inusitada, até porque, aos olhos de todos, eles eram opostos ortodoxos:
O sol, era aristocrático e proeminente, vociferava com sua luz exuberante e explícita, enquanto a chuva, bruxuleante e enigmática, derramava suas lágrimas silenciosas com voluptuosidade.
Porém, na ambivalência de suas naturezas, havia uma coesão que transcendia os estereótipos.
Nosso personagem, o sol, com sua hegemonia sobre o céu diurno, era incapaz de resistir à indulgência suave da chuva.
Ela, por outro lado, com sua proficiência em acariciar a terra, jamais conseguia eclipsar completamente a luminosidade dele, tampouco desejava tal proeminência.
Professor, aos olhos do mundo, esta relação parecia uma insurreição contra o que era considerado possível, uma barbárie meteorológica que desencadeava tempestades e Arco-Íris em igual medida.
No entanto,
sob o artifício delicado do amor, esse embate criava paisagens deslumbrantes,
um espetáculo multifacetado de luzes e sombras.
Eu com olhos de poeta vejo nestes encontros furtivos, quando a chuva beija a terra sob os raios do sol, forma-se aquela névoa mágica, tão voluptuosa quanto breve.
Nossos personagens são dois amantes, envolvidos em um idílio de gotas e raios,
fazem a natureza suspirar com suas cenas de paixão efêmera.
Mas como em todo amor secreto, havia defecções.
Quando o sol se tornava magnânimo demais e suas invectivas luminosas recrudesciam, a chuva se afastava, lívida, deixando apenas a reminiscência de seu toque bruxuleante sobre a terra.
Porém, inevitavelmente, voltava, pois entre o calor e a brisa, entre o fogo e a água, havia um magnetismo insofismável.
Finalizando, entre indulgências e invectivas, seguia o romance insurrecional e irresistível do sol e da chuva.
Parabéns Juão Karapuças. O que seria de mim sem ti. Você está sendo meus dois braços kkkkkkkkk!
Um cheiro poético molhado pela chuva e aquecido pelo sol.
Que o nosso
— Deus —
nos abençoe ricamente.
P.S. Juão Karapuça é um de meus personagens mais ativos.
#JoaoCarreiraPoeta. — 10/08/2024. — 17h
Comentários
Caríssimo João
Um resplandecente texto mostrando aquilo que o poeta/escritor tem a nos envolver.
Belo, caro amigo
Parabéns
Abraços
Bridon
Poeta Bridon, até teus comentários carregam teu estigma, ou seja, tua marca registrada está até aqui. Obrigado por tudo.
#JoãoCarreiraPoeta.
Belíssimo texto. Parabéns rapazes.
Obrigado pelo "rapazes" pulquérrima Margarida. Os jovens agradecem kkkkkkkkkkkk!
João
explendido
um abraço
Obrigado mestre Davi pelo explendido.
Bravo! Aplausos! Crônica digna de nota 1000 . Gostei muito da leitura. Boa noite e meu abraço
Que bom que gostou mestra, Sua visita e apreciação são muito importante para mim.