Andradina Em Contraste Com Campinas
Minha cognição não permite tamanha injustiça, haja visto que, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
O meu cognitivo está tentando analisar, se existe possibilidade de comparação.
Não. Não há.
Simplesmente, não existe comparação.
Andradina, situada na divisa do estado de São Paulo com Mato Grosso,
no senso de 2022 tinha em torno de 60.000 habitantes, é como um pingo d’água no oceano de Campinas, que conta com 1.140.000 habitantes,
entretanto, foi ela, Andradina quem me deu a luz.
Sim.
Me deu vida, me ensinou o silabário literário, me transformou num contador e num discípulo de economia.
Vivi sobre suas terras por vinte anos.
Foi lá que sonhei com o primeiro beijo, o primeiro amor, a primeira transa, a paupérrima infância, a primeira gota de espermatozoide,
a adolescência deliciosa, cheia de descobertas, a juventude me tranformando, ou seja, a minha formação foi consolidada lá.
Minha cidade natal de tão pequena que é, um “peido” dado, é sentido e ouvido por toda a população.
Todo mundo conhece todo mundo fofocando a todos. Enfim, todos querem cheirar e ouvir seus "peidos"
Entretanto, o tempo não deu pra engrossar minhas raízes.
Já, Campinas, me acolheu sem saber quem eu era há cincoenta e um anos, já formado em duas atividades.
Cheguei aqui em 04/1974.
Eu estava encantado com a cidade grande, tive a percepção de que a cidade
não dormia tamanha era a correria.
Eu estava cheio de sonhos, minha utopia não tinha tamanho, o corpo de vinte e um aninhos estava recheado de testosterona,
querendo abraçar mulheres e o mundo.
Campinas, uma cidade multifacetada, com sua capilaridade a mil.
Infelizmente dentro dos inúmeros sonhos começou a
“caceteação”,
Isto porque, em Andradina não tinha correria, não tinha ônibus, eu levantava 7h30 e ia a pé para a Agência Volkswagen trabalhar. Entrava às 8h.
Aqui em Campinas não, eu tinha que levantar às 5h da manhã para tomar dois ônibus e chegar no meu local de trabalho. Em Andradina eu almoçava tranquilamente em casa.
Em Campinas, eu era como “boia fria”.
Sim.
Tinha que levar marmita requentada. Não foi fácil a adaptação.
O que ajudou?
O vil metal, visto que, ganhava cinco vezes mais que em Andradina.
Campinas tinha tudo para que eu realizasse meus sonhos, entretanto, o preço pago não foi baixo.
Porém, pago foi.
No começo, Campinas me cobrou um alto preço, mas pouco a pouco ela foi se curvando diante da força de vontade e ousadia deste sonhador que, de empregado
“boia fria”,
tornou-se patrão e empresário da contabilidade.
Qual eu amo mais?
Não tem comparação, isto porque, são amores diferentes temporais dessemelhantes, é como querer comparar uma boa cachaça com um bom vinho maturado.
Se eu voltaria pra Andradina?
Decerto que não, haja visto que, minhas raízes se aprofundaram profundamente nesta terra campineira, é como se eu tivesse nascido aqui.
Namorei muito, fiz muito “vai e vem” amoroso, me casei, tive dois maravilhosos filhos, agora, tenho um netinho que me adoça os dias chorando as noites amargas.
Amo ser trader investidor, sou apaixonado por ter me formado em
Coach.
Agora estou tentando ficar mais rico lendo e escrevendo crônicas kkkkkkkk!
Enfim, são cincoenta e um anos convivendo com as andorinhas.
Aqui posso “peidar” a vontade, isto porque, ninguém ouve e nem sente o cheiro kkkkkkkkkkkk!
Sou um verdadeiro campineiro.
#JoaoCarreiraPoeta. 24/02/2023. — 17h34
Comentários
Os contextos urbanos são sempre diversificados.
Obrigada pela narrativa.
Eu
é que agradeço senhora
Madruga.
#JoãoCarreiraPoeta.
BOm dia, poeta e escritor. Uma narrativa com relatos pessoais e paassando ao leitor informações e diferenciais. Valeu a leitura.. Grande abraço
Bom dia e obrigado pela visita e comentário.
#JoãoCarreiraPoeta.