Crônicas — "Sentindo a Natureza"

Sentindo a Natureza

Sabe aquele clima que apesar da secura tem cheiro de mato verde, e o vento bom da fazenda leva o cheiro junto com a poeira, tinha dia que lembrava o Agreste.

O gostoso era ficar num gigante alpendre celeste, numa rede de renda e, balançar, pra lá e pra cá, passarinhos assobiando, maritacas cantando junto com o sol de fim de tarde, o vento perambulava 12373503501?profile=RESIZE_710xdesprovido de vaidade.

Este vento... É o mesmo vento do agreste, ele tem carinho de avô, carinho sem motivo, aliás, o motivo é amor. O mato cheira verde e corre pela campina, amarrado pelo vento e pelo perfume da linda menina.

Uma das coisas suculentas, era comer milho verde e pamonha, você já deve ter comido esta dupla. Pois bem, assado ou cozinhado é uma delícia, com manteiga e sal então fica supimpa — e a pamonha? Era sobremesa, era manjar dos deuses. A dupla tinha um gosto alegre e salpicado, seu sabor mesmo vindo do céu é um delicioso pecado.

A região, naqueles tempos era um paraíso, era som era poesia (daí este texto sair todo musicado), cheio de encantos e alegrias, mas lá não tinha xote, não tinha baião, não tinha forró e nem xaxado, não era Agreste, era Estiva Gerbi — Mogi Guaçu, mas, a terra, o vento, o cheiro verde e o céu eram os mesmos.

E por falar em céu, ainda faltou descrevê-lo, ele era o mesmo céu..., do Agreste..., céu do sertão todo azul e alaranjado, onde o dia beija a tarde e a tarde beija a noite e você vê o sol se pôr para dormir — todo enluarado.

Tempo bom..., tempo do “Recanto dos Carreira’s”

JoãoCarreiraPoeta

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Dr. Carreira Coach

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Comentários

  • Gestores

    Essa crônica nos deixa saudosos .

    Lembranças do sítio, fazenda, rancho...

    Valeu!

  • Caro João Carreira:

    seu sensível texto transladou-me igualmente aos velhos tempos da meninice. Além das pamonhas, também as mangas, goiabas, tarumãs e cajuzinhos-do-campo eram iguarias de temporada, na província de Goiás! Seu texto, naquela ternura à sua terra e à sua gente, também me reportou a um capítulo autobiográfico (de cenas primaveris) do velho Samuel Clemens, o ianque famoso pelo pseudônimo Mark Twain, guri peralta — lá das antigas e distanciadas barrancas do Mississipe...

    • Bom dia meu nobre amigo poeta Medeiros: —

      É uma honra ter-te como visita, já conversamos sobre teu "peculiar" jeito de escrever que me encanta e me fascina me deixa mais apaixonado por ler e escrever.

      Um forte abraço meu amigo.

      #JoãoCarreiraPoeta.

  • Em seu texto absorve se toda a suavidade e beleza  da natureza que tanto  nos encanta. Preciosa narrativa. Parabéns 

    • Bom dia Lia: —

      Obrigado por teu fraternal comentário.

      #JoãoCarreiraPoeta.

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