DECADÊNCIA

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A vida é uma matemática, 
Somos números exatos, 
Num complexo sistema, 
Resultado de uma combinação infinita, 
De um lugar para outro sucessivamente, 
Semente de outras sementes, 
Vida de outras vidas desconhecidas, 
Programadas para nascer e morrer, 
Iguais a todos os astros celestes, 
Em seus roteiros energéticos. 
Somos energia materializada, 
Herdeiros da fragilidade da matéria prima, 
A qual surgimos a partir do primeiro, 
Assumindo formas e características distintas, 
Ao ambiente da nossa existência, 
Expostos as flutuações do tempo e do espaço, 
Diminutas criaturas presunçosas. 
Corremos para nascer e morrer, 
Seguindo o relógio que não se atrasa, 
Deixando rastros numa estrada infinita, 
Percebendo a humana flor, 
Despetalar-se sob as estações, 
Murchando aos poucos até fundir-se a terra, 
Num abraço inevitável reencontro, 
Esperança de uma sabedoria enigmática, 
De que haja uma continuidade ao nosso desejo, 
Além da eternidade das estrelas que possuímos. 
Existir é um desafio no pensamento primitivo, 
Uma revolução de evoluções divergentes, 
Feedbacks em espirais surreais, 
Espelhando os colapsos seculares, 
Interjeições de seres inteligentes, 
Sintaxes biológicas em exaustão.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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