Décimo Terceiro Andar

 

Décimo Terceiro Andar

Nas bordas do sono
Acordei na noite
Em um sobressalto morno.
Como um soco ou um coice
Como o despertar de um sonho
Uma imagem me veio
Meu amor foi embora
E eu estava sozinho por inteiro.

Nos dias de hoje deslizes
Sem casa, sem teto
Com as nuvens ao vento
E os meus sentimentos
Em incontornáveis crises

Sentimentos perdidos
Na correnteza de um rio
Sob um céu infinito
Neste real finito mundo...coalhado
De sonhos...
Mares de braços e pernas
Escuros e frios.

Anjo de asas douradas
Você partiu
E levou partes de mim.

Foi um voo de andorinha
Leve como a brisa noturna
Você partiu minha rainha
E me trouxe o desalento

Mas eu ainda posso ouvir
Meu coração batendo
Neste exato lugar
Olhando a rua da varanda
Do meu prédio no décimo terceiro
Andar.

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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Comentários

  • Bonito poema, Alexandre. Faz tempo que você não postava.

    Aplausos a ti.

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