Esse amargo embaraço que turva as vistas
Exalta aflita falta de carinho e abandono
Noda de reminiscências ocas imprevistas
Calma adormecida pelo desleixo do sono
Manchas de carvão nas vestes da alma
Que podam e apontam o contorno do corpo
Desmancham a indefesa áurea apagada
Perfurando as dobras e rugas da pele
Estampa as marcas do travesseiro de pedra
Ausência de um cinto que afivele o ânimo
E esse jeito comprimido irremediável da mente
Sem perspectivas em saber-se para que vieram
Os sinais de que macios turbilhões revoltam
Ensinam o estigma da deliberada conduta
Desapontam o entrelaçamento das amarras
Quando fingem sumir e surpreendentemente faltam
Não reconte pois agora os segredos nem os revele
Cedo demais depois para que não esvaeçam
Nem tardiamente antes por conta da desconfiança
Como se pudessem outrora por decisão detê-los
PSRosseto
Comentários
Belo!!! Aplausos meus. Parabéns poeta Paulo pelo excelente trabalho. Bem haja.
Magnífica composição, caro poeta. Aplausos!