Suave como a folha seca que cai,
sublime como o nascimento de uma vida.
Terrível como o último suspiro,
a angústia, a procura, a fuga que atrai
somente uma vida perdida.
No inevitável fim que se aproxima,
em meio ao vazio que se sente,
a luta desesperada em buscar
voltar a ser sempre semente,
tentar, talvez, outras formas de amar.
Um vazio intenso invade.
Viver em outras vidas,
sentir o pensamento desesperadamente,
sentir o desconhecido, a procura das coisas perdidas,
amar eternamente
uma alma fria e doentia.
Por que tanto egoísmo? Por que tanta cobrança?
Por que se exige tanto, quando tudo serão apenas lembranças
e um coração solitário?
Não ser o que esperam, não ter nada para dar,
ser apenas essência, um doce perfume no ar.
Somente uma febre, um homem ajoelhado a um altar
em uma noite escura e fria.
Quantos erros, quantas loucuras,
quantos conflitantes sentimentos.
Uma viagem alucinante entre o sol e a lua,
enfeitando os sonhos com mil flores,
mas sentindo a alma nua
por apenas alguns momentos
em um mundo de horrores.
Caminhando no sentido contrário, o lamento:
louco, tolo, inconsequente, distante.
Não!
Apenas ser deselegante.
Alexandre Montalvan
Comentários
Bom dia Alexandre
Poema que toca fundo a alma daqueles que desejam somente viver em paz.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Maravilhoso poema, Alexandre.
parabéns!
Que lindeza de versos! Parece uma sinfonia....Parabéns!
Boa tarde poeta Alexandre. Seus versos e seus poemas são um néctar poético e literário. Parabéns e um forte abraço.