Meu destino me envolve,
sentimento que confunde, distorcido.
Medo do desconhecido,
medo de parar esta alucinante viagem,
que me tornou selvagem,
afastando-me de você.
Esta dor me consome,
transformando em cinzas o que era dia,
despedaçando minha doce magia,
destruindo emoções, pensamentos, opções.
Por entre o caos, procuro caminhos:
alternativas, atalhos, soluções.
Mas tão somente encontro espinhos,
que rasgam minha carne e enfraquecem meu ser.
Persigo a loucura. Continuo sozinho,
meu destino a me envolver.
Odeio meu destino!
Com ferro em brasa, queime minha alma nua.
Com mãos de fogo, reforme a forma
que um dia já foi tua.
Mas na ferida aberta, a dor confusa continua.
Como um louco, luto para rasgar meu coração.
Como um sensitivo, percebo: não há jeito.
Um anjo maldito escreve, à faca, em meu peito:
O teu nome é solidão.
Alexandre Montalvan
Comentários
Versos melancólicos, mas um belo poema! Parabéns poeta Alexandre!
Sentidos versos de grande esmero. Aplausos a tua poética. Feliz 2025
Sensacional seu texto poético de muitas reflexões e rico no entrelaçar das palavras em belos versos.
Reflexões que retrata o escritor e Poeta a sua própria solidão ao final da Poesia.
Uma criatividade e inspiração a flor da pele
Parabéns prezado Alexandre
E Próspero Ano Novo
Abraços fraternos
Caro Alexandre:
Um poema que reflete a dor de um amor meio perdido, penso eu.
A solidão existe sim mas temos que empurrá-la para o lado e prosseguir em nossa caminhada de vida.
"Ninguém fará nada por mim, eu é que terei que fazer."
Que venha o 2025 e que sejamos felizes nele.
Abraços
Bridon