Onde eu vou buscar as palavras
neste mar que me faz tremer,
se é somente o que me resta,
eu não tenho olhos de fogo
e não ouço as ondas funestas.
Águas azuis nos teus lábios vermelhos
e estranha forma de sentir o amor
refletem em infinitos espelhos
o mar imenso e todo o seu furor,
o sentir da caça e do caçador.
Os frágeis cristais, que feitos de vento,
reluzem mágicos na luz do luar
e roubam de mim o fremir do tempo
e das ondas que explodem beira-mar.
Existe no teu olhar todo um alento
que se reflete nas ondas do mar,
e como o tempo é infinito e lento,
eterniza a sede que é o meu amar.
Que eu seja como o mar e seu rugido,
de ondas gigantescas a surfar no ar,
e cair das ondas sem um alarido,
mas sem nenhum sentido ir morrer no mar.
Alexandre Montalvan
Comentários
Boa tarde, poeta Alexandre! A poética é bela, muito bem escrita! Parabéns! #JoaoCarreiraPoeta.
Notável sua expressão poética. Aplausos
Quanta inspiração poeta Alexandre! Parabéns!