E ela não quis ir...


E ela não quis ir...

 

Suada saudade sorrindo esfinge,

se dizia que se ia, e meu olhar não a alcançava,

ali, na estrada, decepção se me agigantava.

 

E lá ia ela.

Sem esperança e sem lembrança

fingia levar a minha dor.

 

Pousando de desmantelar ausências 

até dava-me o que faltava.

Desconfio, tenha me traído.

 

Era só o  vento mudar de rota

e roçavam leve minha boca

alguns goles de saudade ávidos por vestirem outro dia.

 

Marisa Costa

 

 

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Comentários

  • Que lindíssimo poema, Mariza.

    Quanto tempo!

    Parabéns!

  • 127822367?profile=RESIZE_710x

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