E ela não quis ir...
Suada saudade sorrindo esfinge,
se dizia que se ia, e meu olhar não a alcançava,
ali, na estrada, decepção se me agigantava.
E lá ia ela.
Sem esperança e sem lembrança
fingia levar a minha dor.
Pousando de desmantelar ausências
até dava-me o que faltava.
Desconfio, tenha me traído.
Era só o vento mudar de rota
e roçavam leve minha boca
alguns goles de saudade ávidos por vestirem outro dia.
Marisa Costa
Comentários
Que lindíssimo poema, Mariza.
Quanto tempo!
Parabéns!