Edelweiss – a flor do amor eterno
É uma flor branca, em forma de estrela, de um pequeno arbusto que sobrevive em clima inóspito.
Floresce na altitude de alguns países dos Alpes e seu nome significa, em alemão, “branco precioso”. Na Áustria, foi tombada como patrimônio cultural, depois de ameaçada de extinção, por conta das escaladas dos alpinistas e do turismo ecológico. Sua rara beleza motivou muitas histórias de amor e lendas, impregnadas de enlevo, de romantismo, de juras de amor...
Muita escalada às montanhas altas e rochosas dos Alpes se via coroada com a colheita dessas flores, destinadas a presentear a mulher amada. O romantismo da flor se refletiu na música, e, por inevitável, também no cinema. A primeira menção, como mero exemplo que aqui se transcreve, é a maravilhosa Edelweiss, opus 31, do compositor alemão Gustav Lange, do Século XIX, com arranjo para piano, cítara e violino, que se ouve como fundo musical neste escrito.
O destaque maior veio em 1959, com o filme “The Sound of Music”, para nós “A noviça rebelde”, na aura do romantismo da família Von Trapp em Salzburg, que já fora tema, por sinal, de outras produções cinematográficas. É a saga do Capitão austríaco Georg Von Trapp, que resiste à implantação do nazismo e é obrigado a se mudar para a América.
A canção Edelweiss tem tudo a ver com o romantismo do filme e foi produzida por dois norte-americanos de Nova Iorque, Richard C. Rodgers, autor da música, e Oscar Hammerstein II. Este era descendente de judeus e nobres da Áustria. A música se imortalizou, não obstante sua simplicidade. A letra mostra a beleza da flor branca na montanhas de neve, que floresce como as estrelas e se cumprimenta com encantamento toda manhã...
Muito significativo no filme é o fato de que Edelweiss é, dentre as diversas e maravilhosas canções da peça, a única que é executada duas vezes : a primeira, no aconchego do lar dos Von Trapp e a segunda ao final, como preâmbulo do enfrentamento aos nazistas e a fuga da família através das montanhas dos Alpes.
Mas, afora a aura de romantismo que caracteriza o pequeno arbusto e a flor dos Alpes, Edelweiss é ainda inegável demonstração de resistência. Do mais frágil, o mais meigo, o mais desprotegido ser, ante o poder desmesurado, a prepotência, o rompimento de valores. A melodia não é mero lamento: revela a luta fundada na harmonia e na união que robustece os enfraquecidos, tendo como objetivo a supremacia da dignidade e, como arma, o amor, etéreo que seja, mas sublime, como Edelweiss – a flor do amor eterno!
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Comentários
Muito obrigado, Angélica.
Bom dia Pedro!
Apaguei o comentário que havia feito ( sem querer)
Esse filme, um musical muito lindo, um sucesso inesquecível.
Parabéns pela partilha.
DESTACADO
Um abraço
Muito obrigado, Márcia.
Aplausos efusivos...The Sound of Music foi um dos mais lindos filmes que já vi...e a canção Edelweiss é mais que bonita, um hino mais significattivo que tantos que emblemam os Países. Gosto muito das leituras sejam ficções ou realidades em torno da WW2 e esse filme tem mensagens profundas não esquecendo a voz da inesquecível Julie A,
parabéns, amei. Deus o abençoe
Verdade, meu amigo. O filme e a canção inesquecíveis. Muito grato pelo comentário.
Belíssima publicação.... Que maravilha de.historia desta flor formato de estrela que até foi reconhecida como patrimônio cultural na Áustria.
Parabéns caro Pedro por compartilhar.
Abraços de Antonio
Sim, Antonio. Boa lembrança. A história é maravilhosa, mesmo. Muito grato.