Quem não viajou uma vez até lá
Quem não visitou aquela velha ilha
Que nos embalava em sua sonífera
Passagem por entre insânias suadas
A grande loucura que vejo em envelhecer
É olhar para mim e ainda poder perceber
Dentro de meus olhos aquele tal do menino
Aquele que só aceitava o que fosse genuíno
Perdão certas coisas ainda não mudaram aqui dentro
Eu ainda sonho e creio os sonhos já perderam a hora
Ainda jogo bolinha de papel amassada bem ali no centro
Da reunião chamo a mulher mais nova que eu de Senhora
Talvez seja culpa das canções que pra mim são peças
Deste gigante quebra cabeça chamado por uns de vida
Eu sei claro que envelheci mas não há nada que me impeça
De deixar livre aquele menino ainda que tenham muitas feridas
O que me deixa cabisbaixo o que me traz preocupação
É imaginar que você não veja mais em minha boca
Lábios famintos de luz que repetem a fala do coração
Que nos escuro do cinema preferem beijos à pipoca
Deus abençoe esses caminhos tortos
Carlos Correa
Comentários
Coração apaixonado do poeta se esmera em espelhar o mundo que criou em sonhos e se entristece com o que não pode fazer acontecer. Saudações a tua poética. FELIZ NATAL
Eu concordo em parte com Mr. Bridon!
O verdadeiro poeta leva muita vantagem
sobre um longevo qualquer,
pois ele pode viver no passado,
presente e futuro,
a hora que ele quiser.
Parabéns poeta
Carlos.
#JoaoCarreiraPoeta.
Bom dia Carlos
Viver na velhice relembrando a juventude é algo que vive incrustado dentro de cada ser.
Também eu, nos meus 81 aninhos vivo a sonhar com um mundo diferente, exatamente igual àquele lá atrás.
É possível? Não sei, mas continuo a sonhar.
Parabéns pelo texto.
Abraços
Bridon