Os termos se perderam no tempo,
Deixamos murchar a flor do amor,
Abusamos da nossa liberdade,
Na frieza das emoções entristecidas,
Atrasando o relógio dos nossos corações,
Perdidos nos atalhos da amargura,
Cansados ao buscar o inatingível.
As estações deixaram de ser obsequiosas,
Apagou-se a chama da lareira,
A casa tornou-se fria na ausência do inverno,
O verão escondeu de nós a beleza do sol,
O outono desfolhou nossas esperanças,
Da primavera não restaram flores,
Ressequiram-se quando nos traímos.
Formidáveis foram os dias ao teu lado,
Egrégios momentos soberanos de intimidade,
Fortuita atração distraída em si,
Subtraída pelo egoísmo do olhar,
Singular silêncio da despedida,
Aceno corpóreo emudecido pela dor,
Ressentida paixão meneada em cinzas.
Sirlânio Jorge Dias Gomes
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Comentários
O fim é mesmo inevitável, e assim devemos construir laços mais produtivos e ricos, para que o fim seja sempre uma lembrança e não uma dor eterna. Abraços
Chegou ao fim?
Se foi bom enquanto durou...
Valeu, digo por mim!
O amor e suas dores, a poesia ficou linda. Meus parabéns.
Um grande abraço e muito obrigado pela apreciação!Um beijo poético para você.
Muito bela poesia. Para refletir, as escolhas, quando o amor termina, a trsiteza da alma...
Obrigado pela interação.Um grande abraço!