Flui como um rio

O que há entre o tudo e o nada?
Sendo estes a exata dimensão
dos opostos...

E por que me afeta esta percepção divergente
entre a aurora e seu poente?

Quando surge um céu roxo no firmamento
ao final do mês de agosto.

Que eliminara as flores da primavera,
e tambem as cores não florescerão no amanhã.
Há fumaça em todos os cantos da terra
e todas as verdades esquecidas na caixa de spam.

Pensei que, na altura de um sonho,
a luz inflamaria a poesia,
a angústia esmoreceria ao término do outono,
e a falsa esperança de que a primavera me sorriria.

A liquidez deste meu sonho
as águas azuis, o diluiu,
perdendo-se nas sombras do anoitecer.
Nem as lágrimas a meus olhos eu imponho,
porém fluem como se elas fossem rio.

Alexandre Montalvan

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Alexandre

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP