Olhos vivos amendoados
Delicadamente redondos assombreados
Prontos para o brilho e para o choro
De repente para a lástima do instante
Encharcados de fina lágrima
Lacrimejados de enciumada doçura
De repente para o riso delirante
Quando os lábios escancaram
Recolhem-se de extrema candura
Olhos soltos pelo rosto desenhados
Pousados sobre o fuso horizonteIntensos abertos despertos calmos
Olhos teus por onde meu olhar resvala
Furtivamente rio despretensioso
Ousadamente tímido e de soslaio
PSRosseto***Do Livro EM ESTADO DE POESIA - 1ª Ed. - 2019
Comentários
Belíssimo seu poema, Paulo.
Prazer de ler.
Aplausos!
Parabéns pelo belíssimo texto. De Excelência e composição distinta e instingante.
Abraços
Antonio Domingos