GUIRLANDA
A nossa história de amor foi breve…
Tão breve… Depois tudo se perdeu.
Feito palavra em giz que alguém escreve...
Feito um nome que o tempo, então, varreu.
Ela passou como uma asa… Tão leve...
Cujo sopro sequer se apercebeu...
Deve ter sido um sonho, afinal… Deve
ter sido estrela… E para os céus volveu.
Indago dia e noite, noite e dia,
as horas numa insólita ciranda…
– Foi verdade, esse enleio? Ou fantasia?
Resta-me apenas sua fotografia...
O riso como a flor de uma guirlanda
a ilustrar uma lápide sombria…
(Paulo Mauricio G Silva)
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