Havia uma luz em busca de um ser,
e também uma história.
E, se fosse um ser, também poderia ver,
e viver, e ter uma memória.
Havia um céu repleto de luz,
e também um sol.
Mas palavra nenhuma traduz
o doce cantar do rouxinol.
Havia o tempo que era passado,
mas o presente se vivia,
no amor e no ser amado,
e a história era só poesia.
Havia uma rosa vermelha,
e também uma rosa amarela,
e a luz, tão linda centelha,
e o odor era de cravo e canela.
E havia no céu teu olhar sobre o meu,
e também um segredo.
E as poesias de Orfeu
profetizavam o nosso enredo:
Que no céu nasceria um amor,
meus lábios beijando os teus,
uma flor jogada ao léu,
e uma dor...
Pois haverá... a hora do adeus...
Alexandre Montalvan
Comentários
Parabéns poeta Aleandre! Belo poema!
Uma bela tapeçaria Alexandre, portanto, minhas saudações poéticas! #JoaoCarreiraPoeta.
Poema tocante. Minhas reverências, caro poeta. Abraços