Finda o dia na velha Praça da Matriz...
Pensativo fico olhando o bailado feliz
dos pardais voltando à velha árvore da pracinha...
Elas saem silenciosas na alvorada
e, retornam palradoras em revoada
a seus abrigos à tardinha...
E sentindo a tristeza que me enlaça,
eu penso quem seus rumos traça,
no percurso que tem ida e volta...
E a dor que à minha alma invade
muito mais do que saudade,
é quase uma revolta...
Ah! triste sina a que me resta!
Minha avezinha partiu em festa
foi sem rumo e ao céu se alçou...
E fico à tardinha pensando,
sozinho de Deus indagando,
porque nunca mais voltou...
Comentários
Sublime versos a ausência de um amor eternizado na saudade e na lembrança. Que seja sempre bem vinda as lembranças,mesmo se trás saudade.
Quanta sensibilidade na tua escrita! Admirável inspiração. Feliz domingo, Nelson
Boa noite Bardo Nerso!
O seu poema não é desprovido de beleza,
muito pelo contrário, é uma
"belezura"!
Sim!
Uma beleza incomensurável,
simplesmente, arquitetado na medida certa,
prontinho para acertar nossos corações apaixonados pela poesia.
Parabéns!
Um abraço.
#JoaoCarreiraPoeta.