“Infames Glórias”
Conquistando, conquistei meus tempos
passando, passei desapercebido pelos passados,
assegurando as vitórias como reforços de conquistas
nos caminhos trilhados com suor e lágrimas.
Atropelei o tempo
varri as calçadas das infames glórias
mentindo acabei subindo
e desci correndo pela vida afora.
Parei, olhei e senti
como se fosse um brasão em fogo
arremessando contra os espaços
as conquistas acumuladas nas eras passadas.
Senti a força dos ventos
arrancando de minh’alma
os triunfos conquistados
num lugar desconhecido
que me atraía como um brilhante.
Verti lágrimas de vida inútil
corri pelas pradarias sem fim
despejando um lamaçal de almas
arrancadas pelos uivos lacinantes
de penitentes.
Chorei gotas fecundas
como se me arrancassem do peito
a dor da semente plantada
em todas as eras passadas
e nos dias vindouros
como conquistas sem fim.
JC Bridon
Comentários
Muito intenso o seu poema.
Sensacional sua inspiração. Parabens, nobre poeta
Quanta poesia... Maravilhosos versos, com muito sentimento.
Apreciei muito, caríssimo Júlio Cesar.