INQUIETO

Na areia da praia olhando essas ondas

Disciplinadas que vem e se perdem

Não se ocupam de outro afazer

Senão sucederem-se intermináveis

Independente das marés

Somente cumprem vontades dos ventos

Ou então de seus pequenos mares

Pergunto-me por onde andam os propósitos

Que tantas e tantas vezes rogado jurei

 

Passaram enfurnados pela mesma janela azul

Por dias enfileirando essas horas cruas

Repletos de tanta poesia explicando as agruras

Correntes vermelhas internas em mim.

Presos à pele por dentro dos vasos e veias

Entrevendo diferenças entre espirito e matéria.

Tão vulnerável, leviana e desconexa

É minha alma concreta fatiando mantas nas carnes

Penduradas sobrepostas sobre mantos de areia

 

Podre é o submundo do mundo que julga

O improprio preconceito de todo azedo

Recolhido para investigativas biopsias

Analisadas pelas lentes toscas da miopia

Que assolam a criação dos conceitos

Preconizados robotizantes me guiando

Para onde não fossem meus versos jamais saberia.

O fim que me espera nos braços da determinação

É o que me sustenta inquieto sobre a terra

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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