Preciso alguns gomos para compor poncãs
Inserir sementes nos bagos
Envelopar delicadamente seus adocicados cristais
Costura-los então com cordões de cera e seda cítrica
Acoplar tudo no hermético veludo interior das cascas
Para que não se deteriorem e suportem as intempéries
Dos olhares de cobiça pelo viés cheiro hibrido
E suas magnificas alaranjadas cores
Depois pendura-las na ponta dos galhos
No segundo andar dos pés como bandeiras expostas
Já todas madurecidas pelas mãos do tempo
E aguardar a hora propicia de as apanharmos
Insensatos da janela
Igual fez Deus outrora incendiando astros
Para espalhar estrelas
Simples assim como fazer poesias
PSRosseto
Comentários
Magnífica composição, caro poeta... Parabéns!
Deu vontade de comer e saborear esta fruta maravilhosa.
Assim faziam os poetas da antiguidade, ficavam olhndo a realidade e escreviam coisas assim.
Parabéns pela poesia.
Bela semana.