Insônia
Dezoito horas. Chegou a hora da Ave Maria! O sol se põe lentamente. Da sacada, observo o céu avermelhado enquanto a cidade silencia; vejo apenas carros e ruas. É um desalento!
Lentamente, a escuridão toma conta e as luzes da cidade refletem ao longe, neste setembro com vento frio à noite. Minha alma pressente que a madrugada será um açoite.
Lentamente, as primeiras estrelas surgem no céu. Na sacada, sinto o vento gelado. Permaneço ali, com os pensamentos ao léu.
Não percebo o passar das horas e o frio aumenta. A lua já ocupa seu lugar de destaque. A noite segue calada. Ouço apitos, são os guardas das ruas.
Despeço-me da noite. Estou sem sono. Vou para a sala, onde está quente. Pego uma folha de papel e escrevo uma poesia sobre a noite fria.
Penso em me deitar para ver se adormeço, mas o apito dos guardas, que antes não incomodava, agora é um tormento.
Não há o que fazer, a não ser unir o pensamento à fantasia e esperar que o sono venha. Esta insônia chegou e, pelo que sinto, veio disposta a me fazer companhia.
Márcia Aparecida Mancebo
09/24
Comentários
Eu tenho insônia também.
Não vou fazer imagens. Procuro ouvir músicas relaxantes ou ler.
Mas, ler na tela não é a mesma coisa que ler virando as folhas.
Suas poesias são extasiantes com ou sem insônia.
Oi Márcia
Tudo aquilo que mesmo em sonhos, desejamos.
Lindo poetar, amiga
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Márcia!
Seu escrito é algo lindo de se ler.
Verdadeiramente poético.
Porém triste.
Saudações.
Um abraço.
#JoãoCarreiraPoeta.
Obrigada, João.
Um abraço
Notável sua inspiração. Poesia, Márcia
Obrigada Lilian.
Bjs
Foi uma insônia produtiva!
Gerou uma poesia! E muito linda!
Muitas vezes acontece comigo, perco o sono e faço poesia ou crochê!
Só que depois, à tarde, a preguiça toma conta de mim!
Obrigada, Dolores.
Bjs