INTROSPECÇÃO

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O mundo está gritando aqui dentro,
O silêncio é estridente,
Mas ninguém me ouve,
Tudo aqui é dor que me sufoca,
Lágrimas que transbordam,
Inundando meu ser de tristeza,
Enquanto caminham apressados.

A diversão acontece lá fora,
Enquanto me torno cada vez mais invisível,
Tantas banalidades num nó infinito,
Amarrando meus pés e mãos,
Refúgio dos meu medos,
Em seus túneis absolutos,
Escondendo o que de mim se perdeu.

Há uma beleza murchando antes da morte,
Complexo colóquio da inocência,
Diante do tribunal dos acusadores,
Espelhando as suas santidades,
No demoníaco corpo que me reflete,
Enquanto cuspo ao chão,
A última gota do meu caráter.

Sem mais pensar puxo o gatilho,
Da imensa arma social que me apavora,
Com seus julgamentos cheios de ódio,
Hipocrisia de muitas máscaras,
Flertando a consciência imunda que os adverte,
Olhando insistentemente aos meus opositores,
A fim de que enxerguem meu sofrimento.

Nada basta a este circo de horrores,
Quando decidem ver o sinal de sangue,
A morte já serviu de seu melhor banquete,
Sentada no trono das vaidades,
Olhando outros tantos em desespero,
Buscando ao relento da esperança,
O sentido da vida cheia de possibilidades.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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Comentários

  • De pés e mãos atadas segue a sociedade dos homens.

    Excelente poema para se refletir.

    Aplausos Sirlanio.

  • 3635904704?profile=RESIZE_710x

  • Bela Poesia. O mundo Globalizado em informações perversas e cruéis e no Brasil a situção piora demais de certa forma somos afetados na saúde física e mental.Dif[icil encontrar esperança em algum lugar, mas há de ser encontrada....

    Parabéns amigo

    Antonio

  • Bravo, caro poeta.

    Belo texto.

    Aplausos!

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