INVOLUNTÁRIOS

Tenho vontade de pular o muro

Sair da rua

Cair no teu quintal

Enfrentar tuas sombras correndo atrás dos meus dilemas

 

Você também poderia

Vir agora em meu pomar

Trazer mais flores para o jardim

Recolher as roupas estendidas no varal ou despi-las

 

Poderíamos nos encontrar em qualquer um dos portões

Da minha casa ou da sua

Conversar pelo interfone

Dizer se chove ou faz frio se tem sol ou noite ou lua

 

Combinar um pernoite

Qualquer café num perfume

 

Mas continuamos involuntários

Certos de que as vontades passam

Bastando ignora-las como fazemos com as ousadias

 

Enquanto isso a noite morre o dia

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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