O que prende as águas ao leito
É unicamente a aparência das imagens
O que segura as ondas sobre a flor
É puramente a coincidência
Não há beirais
Não existem orlas
Inexistem as margens
Não há prudência na testa das tormentas
São meros paradigmas boçais
Achamos que alicerce prende e separa
Que amarra ancora
Que âncora sustenta, fixa e aferra
Tolos conceitos, tudo esvai ligeiro, degenera
Ensaboa como nó na garganta, dor no peito
Prenúncio de temporal
Tão frágil é o mundo
Fortes são as sombras
Que assopram e assombram
Irrealidades coadas sobre todos nós
PSRosseto
Comentários
Obra poética de esmero e primor com este lirismo. Abraços
Pura verdade, tudo se deteriora e acaba por romper-se.
Maravilhoso poema.
Aplausos!