Justiça ou traição?!

Justiça ou traição?!

Essa história é baseada em fatos reais.

Élcio foi um homem trabalhador e correto, ele vivia com seu filho de dois anos em uma pequena casinha no subúrbio do rio de janeiro.
Nessa época Élcio não estava aposentado ainda, e por esse motivo quando precisava, dava alguns trocados a uma vizinha para ficar com o menino nas horas em que precisava trabalhar.

Durante alguns messes essa foi a sua rotina.
Mas algo estava para acontecer, uma pessoa entraria na vida desse homem simples, e logo mudaria toda sua história.

Como era de costume, Élcio caminhava todos os dias para chegar na empresa em que trabalhava, não era longe, e por isso ele preferia ir caminhando; nessa trajetória Élcio tinha como de costume acender seu cigarrinho sem filtro e fumar uns dois ou três; disso ele não abria mão, essa era sua rotina matinal.
Rotina que só era quebrada nos feriados e também nos sábados e domingos, esses dias eram sagrados para ele.

A cervejinha era comprada na sexta a noite: ; e no sábado que era dia de folga, Élcio acordava cedo e ficava horas preparando tudo para mais tarde poder estar com seus amigos tocando seus pagodes preferidos e saboreando uma carninha bem temperada e preparada na brasa.

Como acontecia em todos os finais de semana, Élcio vai até o supermercado próximo a sua casa para comprar carvão, lá ele conhece Ana. ela aparentava ter uns trinta e oito a quarenta anos, e ele já tinha uma idade um pouco avançada.

Pouco tempo depois, Élcio e Ana estavam namorando, no primeiro momento morando cada um na sua casa, até que um dia os dois resolvem morar juntos, só que, para essa união acontecer entre eles, tinha uma condição que foi imposta por Ana, que seria a seguinte, para aceitá-lo...ele não deveria levar o filho.
Élcio ficou chateado...mas como já estava com uma certa idade, e se sentia muito cansado...acabou aceitando a proposta dela.

O menino ficou aos cuidados de Elvira, uma das filhas mais velhas que Ana havia tido no seu primeiro casamento.
Elvira tratava muito bem essa criança, o menino era para ela como um filho caçula entre os outros que ela tinha.

Élcio e Ana viveram juntos por dez anos, até que ele ficou doente e veio a falecer.
Só que antes de sua morte, em uma conversa que teve com a vizinha de Elvira, "a filha de Ana que tomava conta do filho dele”...Élcio descobriu que Ana não gostava da criança, ela o chamava de pobre coitado e que ele não tinha aonde cair morto, ela chegou ao ponto de dizer para essa vizinha que iria aconselhar a filha pôr o garoto no orfanato para doação, e o pior de tudo é que ela realmente teve essa conversa com a a filha; por esse motivo Elvira ficou um bom tempo sem falar com a mãe. Essa vizinha disse também que por muitas vezes ouviu a discussão das duas, onde em alta voz Elvira se referindo a mãe...dizia que ela não tinha coração.

Élcio morreu sabendo de tudo isso, partiu calado, ele não falou nada do que soube com a esposa, mas fez algo que nunca esqueci, e que ficou marcado para sempre em minha mente.

Com o atestado de óbito em mãos, Ana começa os tramites para receber a pensão do esposo morto.
Até que em uma tarde Ana recebe uma ligação de sua advogada lhe comunicando que ela deveria comparecer em seu escritório bem cedo, pois havia um fato novo e que ela deveria ter conhecimento.
Assim ela fez: no escritório Ana ouve da advogada que o caso estava encerrado, que ela não podia reclamar a pensão porque seu marido antes de falecer havia se casado com uma outra pessoa, disse também que ela até tinha direitos por ter vivido com ele, mais que tudo seria dividido com a outra com quem ele estava casado.

Ana procura saber com a advogada quem era essa pessoa, e qual seria o seu nome, e mais uma surpresa ela teve, descobriu que a mulher com quem seu marido havia se casado era sua própria filha, e que o filho de Élcio tinha sido por ela adotado como filho, e que tudo foi feito por adoção e dentro das leis.
Logo Ana foi tirar satisfação com a filha, as duas discute, e em meio a essa discursão Ana recebe das mãos de Elvira uma carta que lhe foi endereçada, e que foi ditada por Élcio e escrita por uma enfermeira nos dias em que ele esteve internado.

Na carta ele dizia que só fez tudo isso porque sabia que seu filho correria o risco de ficar desamparado, Élcio sabia que estava doente, e que não iria durar muito tempo, ele sofria muito com fortes dores no corpo, todo seu sangue estava contaminado por causa de produtos químicos que manuseava no seu emprego.

No fim da carta ele conta que esse casamento nunca passou do papel e que Elvira sempre respeitou a mãe e o homem com quem ela vivia, e que só aceitou casar-se com ele porque tinha quase certeza de que o menino apesar de estar aos seus cuidados...ainda assim ele iria precisar do dinheiro do pai.

Por fim, ele disse também na carta que esse casamento foi uma forma de proteger o filho e de poder ajudar financeiramente Elvira e o marido, pois eles viviam com dificuldades.

Toda essa história me foi passada por parentes de Élcio, e alguns desses outros fatos tive conhecimento ouvindo de sua própria boca.
Nunca fiz julgamentos sobre o que ele fez, porém tem pessoas que ainda hoje questionam sua decisão , Elas fazem isso sem pensar um só minuto em como ficaria a criança se caso ele não tivesse tido esse comportamento.

Na minha concepção os adultos devem responder por seus atos e, resolver seus problemas entre eles, mas que façam isso sem deixar que as decisões mal tomadas atinja quem não tem nada a ver com isso.
Nesse caso os seus12383987484?profile=RESIZE_710x filhos .

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