Bem sei que lá fora há riscos evidentes
Porem a ânsia do noturno fascina e clama
Entretanto não voo por temor mas razão frágil
Permaneço quieto enquanto escuro
Ainda que as asas esgueiram-se ágeis
Entre galhos, lençóis e travesseiros
Às vezes passados, outras em frangalhos
Dobrados justapostos pela casa
Camuflado ninho de penas e folhas
Contenho ao ímpeto que me chama
Tão insone como tantas vezes faço
Equilibro imóvel como toda ave
Até que o sol em consideração
Volte dúbio num pio um raio à forra
Nesta vasta e ampla liberdade de sonho
Que não me tolhe e sim acolhe e ampara
São assim os limites de quem ama
Soturnas as amarras ainda que pense
Por não ser recíproco a quem lhe possa
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Comentários
Meus parabéns pelos lindos versos.
Bom dia!