Música....
https://youtu.be/WbeB5Lpo2Og?si=DpP_xcYDB54hSdP1
Aquarela
Homenagem simplória a Escola.
Hoje é Dia Nacional da Escola.
Dia 15 de Março.Todo dia é
dia da Escola e dos Alunos.
Abaixo um humilde Conto.
Escrito em 2016.
xxxxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxx
Leitura na Escola (Conto Infantil)
- Era uma vez uma menina moreninha magrinha, olhos azuis, de cabelos crespos e espevitados parecia que ela não penteava os cabelos de manhã.
-Tia, o que é espevitado...
O nome dela era Princesinha do Lago Azul e com a avozinha, Dona Bela, bem velhinha, as duas moravam em uma clareira: vocês conhecem né; clareira é um espaço aberto, como um terreno de terra, no meio da floresta. Quem já viu uma clareira com uma barraca de camping armada?
-Eu já, no desenho....
A casa fora construída de madeira do Jatobá que dura muito tempo, com sol forte, com chuva, temporais de ventania e não dá cupim. A casa possuía dois quartos, uma sala, uma cozinha e uma varanda;
-Tia, e o banheiro....
- Entenderam todos como eram os banheiros fora da casa!
A água que usavam era de uma fonte natural, de um rio clarinho e incolor, limpinha, e assim podiam beber e cozinhar sem receio de ficar doentes.
Plantavam os alimentos que necessitavam, vários legumes e uma horta muito legal, arrumadinha, com alface, couve, salsa, cebolinha, pimentão. Viviam felizes com o trabalho de plantar e colher.
Criavam e cuidavam como se fossem da família, as galinhas que punham os ovos.
De vez em quando a Princesinha passeava na floresta, tinha medo dos animais ferozes, do leão, do tigre, do leopardo, medo de verdade mesmo, era das cobras venenosas e perigosas.
A avozinha não gostava dos passeios na floresta. Não proibia a neta para não causar mais medo, mas aconselhava a neta e rezava sempre para que as duas ficassem protegidas naquela moradia bem longe da cidade.
Que frescor vinha da floresta, cheirinho de eucalipto verdinho, ar puro, sem poluição, sem a fumaça dos carros, um paraíso para se viver com saúde e alegria.
Em certo dia a Princesinha decidiu passear na floresta. Caminhando muito saltitante, largo sorriso no rosto, encantava-se com a beleza da natureza e distraída fora longe demais e não sabia como voltar para casa. Nervosa lembrou-se do conselho da avozinha.
“Pamela, não vá longe, ande aqui por perto, não se afaste demais do quintal”
-Meus alunos: a clareira era o quintal da casa de madeira, então....
Perdida, Pamela queria achar uma pista que a levasse de volta, andava para lá e para cá e não saia do lugar. A Floresta parecia sempre do mesmo jeito para onde olhasse.
Sentou cansada, encostada no pé de coqueiro-buriti, adormeceu e sonhou sonhos maravilhosos de Princesa.
De repente, um coquinho, a frutinha do Buriti, saltou do cacho, caiu na testa de Pamela. Ela acordou com o susto e confusa lembrou-se que no sonho um Velho Mago, sábio e inteligente, lhe dissera para andar sempre na direção do sol.
Pamela assustada decidiu obedecer às orientações do mago e seguiu caminhando, caminhando, parando para descansar e caminhando, caminhando e por um acaso chegou à beira de um enorme Lago de águas coloridas de Azul, refletia o céu nas águas.
Ela exclamou em voz alta:
-Meu Deus é um lago colorido de azul.
A beira do Lago Azul as borboletas de muitas cores de arco íris comemoravam a chegada de Pamela.
Sentou-se numa pedra e deixou que as águas molhassem seus pés machucados e doloridos de tanto andar descalça, suas sandálias perderam-se na floresta.
As ondas da maré do Lago e a branda brisa deixaram Pamela calma, menos nervosa.
E eis que de repente uma coisa estranha bateu devagarinho nas costas dela, que susto!
Ao virar-se viu que era uma Zebra listrada de preto e um pescoção grandão. A Zebra admirou a candura de Pamela.
-Olha só, que menina linda, a Princesinha do Lago Azul, e assim Pamela passou a ter este apelido de carinho.
-Zebra, você fala, que bom, estou perdida faz horas. Não sei como voltar para casa e minha avozinha deve estar preocupada e aborrecida, ela goza de excelente saúde, mas está velhinha.
-Oh! Minha princesinha, não se preocupe, encontraremos sua casa. Veja o tamanho do meu pescoço, funciona como binóculo, minha visão é de uma águia. Eu ando pela floresta olhando por cima e tenho bom olfato, ninguém conta isto nas estórias de Zebra. Deixa-me cheirar a sua roupa e seus cabelos, guardo o seu cheirinho na memória e busco na respiração, sentir qual é o caminho de chegar a sua casa. Vem com cuidado, irei desbravar a mata até entregá-la a sua avozinha.
A Zebra, Dona Charlote, cujo nome revelou toda prosa iniciou a jornada de retorno da Princesinha.
Depois de 45 minutos pelos caminhos e trilhas a Princesinha chegara a sua casa na clareira.
A Zebra vibrou e disse:
-Oh! Princesinha, você não estava longe de sua casa, apenas sem o rumo correto. Viu, chegamos sem pressa em menos de uma hora.
Agora como Princesinha do Lago Azul , Pamela, sentia-se orgulhosa do novo nome.
A Zebra, Dona Charlote contou os fatos a Dona Bela . Conversaram até antes do anoitecer, Dona Charlote teria de voltar à sua família e cuidar de suas zebrinhas.
A Princesinha do Lago Azul prometera a avozinha que nunca mais iria dar passeios longe da clareira.
- Minha amada avozinha, de hoje em diante, serei obediente aos seus conselhos, a Senhora é tudo para mim, é meu caminho e minha Rainha.
FIM
Antonio Domingos Ferreira Filho
12 de fevereiro de 2016
Comentários
Que beleza Antonio
Li com atenção e me encantei
E TOQUINHO FEZ A DIFERENÇA
ABRAÇO
Muito obrigado por ter lido o conto.
Amei que você tenha gostado.
Abraços fraternos prezado Poeta Ciducha.
ADomingos
Ave, contista! Adorei te conto! 1 ab
Uma honra para mim ter seu comentário aqui no CPP.
Sempre um lúcido e generoso comentário.
Um incentivo para mim publicar mais Contos, este exuberante.
Abraços fraternos prezado Poeta Nelson Medeiros
ADomingos
Maravilha, Antonio.
Bem apropriado para louvar o Dia da Escola, com a Zebra falante.
Qie se faz uma cuidadora e formadora. Parabéns!
Agradeço demais seu valoroso, inteligente e generoso comentário.
Este conto escrevi em 2016
Estou muito honrado e feliz com suas palavras.
Tenho alguns Contos.... É um incentivo para mim
Abraços fraternos prezado Poeta Pedro.
ADomingos
Que gracinha de conto. No meu tempo de começar a ler livros fininhos, desfrutava dessas estórias que acabavam bem e com lições a aprender.
Excelente conto. Prendeu minha atenção como quando criança também prendia.
Estou bem feliz que você a demais colegas gostaram do Conto.
É um Conto de 2016.
Obrigado.
Creio que ganhei coragem para postar contos
Antonio
ainda bem que um bo conselho da avozinha surtiu efeito no coração da princesinha do lago azul
nota 1000
um abraço
Com certeza prezado Poeta Davi.
Muito obrigado por sua leitura e atenção.
Uma honra ter a sua apreciação sempre.
Abraços fraternos amigo Poeta.
ADomingos