Lembranças
Hoje, o que me resta neste vale onde me encontro,
são as lembranças doces de uma época de risos e floreios.
Divago. Meus pensamentos alçam vôo, viajam deveras.
Vão buscar-te além dos montes, na esperança ínfima de encontra-te
e que estejas a me esperar, a me amar tanto quanto antes,
quando éramos crianças a brincar sem medos,
correndo livres por este vale tão verde quanto eram nossas esperanças.
Esperanças que construímos para o futuro. Nosso futuro.
Hoje, não vejo mais seu sorriso a me provocar.
Não ouço mais o som melodioso de sua voz à me chamar.
Não sinto mais o calor de seu corpo, suas risadas leves ao acariciar-te.
O que resta é a imensidão desse vazio sem fim. À perder de vista.
E ali, junto à nossa casa, que sonhamos e construímos felizes,
jaz, no pequeno cemitério ladeado de flores, seu corpo meigo inerte.
Na sua lápide, de puro marfim, escrito em letras floreadas,
Seu último desejo que em meus lábios disseste, antes de despedir-te:
“ Aqui, neste vale amado, onde conheci o amor, amei e fui mui amada.
Jaz meu pequeno corpo, mas minha alma? Ah! Minh’alma!
Aprisionada nunca será! Está a brincar, a sorrir, a te esperar.
Na certeza de que, quando vieres me encontrar, a felicidade
Completar-se-á. E o amor? Ah! O amor! Renascerá! Eterno será!”
Maria Angélica de Oliveira
Imagem Poesia
Comentários
Lindíssimo poema onde o Amor fala mais alto.
Parabéns amiga Angélica
Linda música
Obrigada Antonio pelo carinho!
Maria Angélica não tenho palavras para descrever a
beleza deste poema parabéns adorei abraço...
Obrigada Eudália querida!
Um texto especial e muito agradável de ler.
Obrigada Margarida querida!
Maravilhoso! Uma prosa poética maravilhosa!
Aplausos, Angélica!
Obrigada Edith querida pela visita e gentil comentário!
Oi Angélica:
Maravilhoso poema.
Encantador e fascinante trazendo para dentro de nós um sensível e bem querer.
Amar sempre esse é o que espera os apaixonados nesta vida.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Obrigado JC pela visita e gentil comentário!