Deixe-me com as letras,
Sem conversa, apenas as letras...
Meus ouvidos descansam
E meus olhos agradecem.
Permita-me o encantamento,
A falta de lucidez,
A calma noturna do poeta,
A perda de tempo,
O tempo que não preciso.
O caminhar sem passos,
O regressar
Sem nunca ter ido,
O permanecer
À troco de nada...
Não tenho nenhum compromisso,
Hoje não beberei, não me barbeei,
Sequer mirei-me ao espelho,
Deixei refletir apenas o meu coração.
Deixe-me com as letras
E o sossego
De não precisar ser ninguém.
Mário Sérgio de Souza Andrade – 05/02/2019
Comentários
De não precisar ser ninguém....Apenas um poeta imerso em si,nas letras de sua alma iluminada.Parabéns! Meus cumprimentos.