Mácula da Alma

Tudo em mim é tão falho
Que meus atos são como um parto
Quando sozinho, no meu quarto,
Sinto-me um pássaro caído do galho

Qual é o Deus que me protege e guarda?
Aquele que me serve de agasalho?
Ou aquele que me acovarda,
Que me faz viver a vida a buscar atalho?

Só eu posso pensar por mim, mas sou mudo,
Pois ao me expressar, eu me embaralho,
Palavras são a minha perdição, eu não me iludo,
Somente silêncios são o que espalho

O que é a vida senão pecados,
Sem sentido em seus muitos fatos?
Hoje sei, entre mágoas, desencantei,
Como um ensanguentado e enegrecido talho.

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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Comentários

  • Gestores

    Fabuloso, Alexandre.

     

  • Boa tarde Alexandre

    Um poema reflexivo que nos envolve em diversos sentimentos.

    Parabéns

    Abraços

    JC Bridon

  • Genial sua erudição e inspiração.  Parabéns ,poeta.

  • Amado poeta sua cognição me espanta.

    Seus poemas são simplesmente heterogêneos portanto,

    a variedade é imensa.

    Seus versos ajuntados me encantam.

    Parabéns!

    Um forte abraço.

    #JoãoCarreiraPoeta.

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