Máscaras da solidão .
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Sozinha, tento desvendar o meu interior
Desmistificar meus medos, meus anseios
Dores mascaradas entre sorrisos falsos
E versos bem construídos, delineados .
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Finjo meus sentimentos, minhas alegrias
Para não me perder em meio a solidão
Que me aprisiona em um castelo frio
Que entorpece minha alma desiludida.
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Traço linhas para amores inexistentes
Enquanto meu coração agoniza em desilusão
E tenta se agarrar ao fio da reles esperança
Que acena, ao longe, como salvação.
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Troco minhas máscaras, lubridio meus atos
A pena finge, a alma destoa num verso falho
Diante do cadafalso que ceifa minha vida
Num baile vívido de máscaras da solidão. .
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Maria Angélica de Oliveira – 12/10/17
Comentários
O bom disso tudo é ter transformado tudo em poesia. Excelente! A paz.
Obrigada Eduardo por tua visita. Paz sempre!
Intenso e poderoso poema...um baile mascarando
a tristeza que invade o coração do poeta na sua enorme solidão.
Abraço fraterno
FC
Obrigada Frederico por seu carinho!
Parabéns, poetisa amiga, poema nostálgico, mas de rara beleza, adorei. Sou seu fã. Ah! Esta tal solidão... Abraços, paz e Luz!!!
Cárcere das almas
Cruz e Souza
Ah! Toda alma num cárcere anda presa
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
Para abrir-nos as portas do Mistério?!
Belíssimo Ilário!!! Uma pérola valiosíssima de Cruz e Souza!! Obrigada pelo carinho!!
Sangra a alma...
Parabéns.
Obrigada Nieves! Este é um daqueles poemas que digo que é psicografado tamanha a profundidade de sentimentos!