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Melancolia
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Venta.
As folhas balançam, lentas, nas árvores.
E as que caem, bailam em rodopios céreles.
Misturam-se à outras num valsar melancólico.
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Aqui e acolá ouvem-se o burburinho dos pássaros
Tristes, distantes, num cumprimento bucólico,
A saudar o dia frio do outono vindouro.
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Pessoas imersas em seus casacos, alheias ao espectáculo,
Andam apressadas, mergulhadas em seu interior.
Buscam chegar ao seu destino mas, que destino!?
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Venta.
Vento frio, melancólico, tristonho, ausente.
Ausência que fere! Admoesta! Recorda!
Lembranças que rebuliçam, que trazem saudades!
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Venta.
E as folhas que caem bailam.
E os dias urgem!
E a vida segue, outonal!
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M.A.Oliver
Ciranda de Outono CPP: "Quando as folhas caem"
Comentários
Cara Angélica:
Denso e belo poema, onde o advento dos outonos, extrínseco e intrínseco, vai sendo aquarelado nos amplos espaços ainda por se tingirem no cromatismo na tela, naquela expectância de cores aconchegantes.
Abraço; j. a.
Obrigada J.A. pela visita!
Obrigada Margarida linda!
Maravilhoso poema!!!
Parabéns, Angélica!
Bjt
Obrigada Márcia querida!