Na cova, o encontrei
Eu olho a frente e não enxergo nada.
Não há um final do túnel, nada de luz,
E agora descalço na árdua caminhada,
Quase rastejando arrastando essa cruz,
Percebo que logo atrás vem a manada.
Muitos, como eu, sem rumo se conduz,
De corpo ferido e uma alma já cansada,
Com o grito entalado que nunca reduz.
Mais a frente vi minha cova já cavada,
E ao lado dela estava um tal de Jesus.
Ele disse "Descansa, me dê a tua cruz"
Mas, Jesus, preciso ter ela na chegada
"Por mim, a cruz fica nesta cova selada,
E você comigo continua a caminhada"
Quando larguei-a ao chão, foi quebrada
Nesse instante a sombra foi dissipada
E vejo finalmente o que desejava, a luz.
A planta de meu pé, como lâmpada reluz
E o Jesus ao meu lado ilumina a estrada.
Chorei enlaçado no abraço de Jesus
E me senti leve sem minha Cruz pesada
Pelo rei de cabeça de espinhos coroada
Que me prometeu tudo e assim fez jus.
imagem gerada por IA
Cristiano Luis V. Jr.
22/06/2025
Comentários
Conforme já comentado, é um poema sublime feito por um talentoso autor.
Reitero o Destaque.
Lindos versos!
Aplausos,Cristiano!
Belíssimo trabalho e texto poético Prezado Poeta Cristiano.
Um Poema de Excelência conforme comentei no DESAFIO 4 palavras.
Abraços fraternos e mil e hum parabéns....
Maravilhoso poema, Cristiano! Parabéns.
DESTACADO
Um abraço
Olá Cristiano, uma bem-aventurada tarde de domingo, que bela alcatifa poética, poema forte e tocante! Ele mistura dor, fé e redenção de uma forma profunda — dá pra sentir o peso da cruz e o alívio da luz. Encantado, portanto, deixo aqui meus cumprimentos e um forte abraço! #JoaoCarreiraPoeta.