pedroavellar |
Bom dia.
Eis-me de novo na drogaria,
Por conta da hipertensão.
- Algo a acrescer? – me olha, gentil,
A moça da farmácia.
- Sim – indago, pensativo...
- O que mais alivia um coração
Que lateja um tanto febril,
E o faça com eficácia,
A curar-me o mal, de que ando cativo?
- Existe remédio. E o temos por cá -
- Há de curá-lo por certo um bom chá -
Me acena a farmacêutica, tranquila.
- Que tal o de camomila?
Leva também erva-cidreira
Ou gengibre, hortelã, acácia, melissa,
Que te trarão a tão desejada calma.
Ah, mas se teu mal está na alma,
Não te servirão poções, nem os chás,
Em qualquer lugar aonde vás...
Precisas de bálsamo espiritual,
Que não se guarda em prateleira...
Vá ao culto, vá à missa,
Busca um padre, um pastor, uma igreja,
Qualquer que ela seja,
E pede a Deus, em oração,
Que te livre de todo mal,
E amenize a dor do teu coração...
***
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CPP
Comentários
Eu conheço as rotinas farmacêuticas. O melhor remédio é o espiritual.
Bonito e bem elaborado o poema, Pedro.
Muito agradecido, Margarida.
Lindo poema, Pedro!
Parabéns.
DESTACADO
Um abraço
Sua poesia é toda certinha e bem desenvolvida. Parabéns
Fico grato pelo elogio motivador, Lilian.
Muito obrigado, caríssimo. Tem razão. Parece mesmo uma crônica. Eu a escrevi ao sair da farmácia hoje. rsrs - Um abraço.