Não há melancolia de forma precisa
e eu preciso é beijar teus cabelos,
é a forma que tenho de percebê-los,
e no abandono de meus sonhos tê-los.
Cego eu sou entre tantos pensamentos,
e sob a pele a lava corre à tangente.
Nas ilhas a chuva é levada pelo vento,
e na noite de lua ecoa o meu lamento.
Alastrava-se o chão, as lindas flores,
e um pouco de mim morria em tua boca,
na dor que por ti salta do meu peito,
também no som de todas as foscas cores.
Num olhar sedento, minha inocência se perdia,
como eu perco sempre as coisas que amo,
e com o passar do tempo faço esta poesia,
pois nem sempre há só uma folha em um ramo.
Alexandre Montalvan
Comentários
Uma poesia de excelência. lindos versos em consonância com as palavras que dizem e falam alto.
Um poema de assertivas poéticas de extrema beleza.
"Pois nem sempre há uma só folha em um rsmo"
Um verso que uma reflexão que chama o leitor a pensar na evidência de que nada é absoluto e verdadeiro.
Parabéns amigo Poeta Alexandre Montalvan.
A recíproca é verdadeira. E justa
Show absoluto.
LINDO! LINDO!
Parabéns,Alexandre pela inspiração!
Abraço
Parabéns, Alexandre pela simplesmente bela tapeçaria, um poema proeminente! Saudações! #JoaoCarreiraPoeta.
Bela poesia com lindas rimas.
Uma expressiva publicação aqui no CPP onde formamos um grupo de ação e reação.. Assim está desenhado.
Obrigado Poeta