Nasce o poeta, bem simples

 

 

 

 

Por Jennifer Melânia

 

Faz  tempo, muito tempo em que

dentro da vida, outra vida nascia

Nem sabia, nem entendia...

Eram os olhos a tingir o mundo

Dentro de outros mundos

 

Era bem simples igual voar com as borboletas

Riscar com os pés o chão até sentir cócegas

E virar o mundo de cabeça para baixo

Esvaziando os risos ao vento

 

Era bem simples igual tocar o céu dentro das águas

Enquanto o balde se enchia para ser carregado nos braços

Deixando as casas tortas e os pássaros escorregando nos fios

E a menina sendo regada em suas raízes

 

Vingou, com forças de águas e de natureza

Nos verdes tropicais, nas quaresmas, nos cerrados

No virar da ampulheta cresceu, cresceu

e nas primeiras letras, eis que espirrou

 

Tossiu e enfim nasceu tímida(mente)

em poças d’água um barquinho navegou

carregando na proa a lua, o poeta

e dentro desta água se vão (nem ao céu

nem ao mar) apenas em versos navegar

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP