NAVEGANTE

Trago eu a ousadia

De olhar mil vezes ao dia

Os verdes olhos do mar

De apegar-me a maresia

Que salga o aroma nos lábios

Como se pudesse explorar

Entre os ventos arteiros

Os encantos do teu olhar

A distância dos teus navios

Nos rastos do teu andar

 

Então levo a certeza

Escondida no alforje

Daquele que navega a vida

Sem reter o horizonte

Tudo enxerga mas não vê

Tudo vê e pouco importa

Distinguir o sul do norte

Apenas segue cego em frente

Capaz de pescar nos rumos

De seu mundo confidente

 

Depois volto e é bom voltar

Porque há quem me aguarda

De braços estendidos largos

À espera das minhas águas

Na ânsia daqueles mares

Navegados entre peixes

Maresias e bonanças

Na volúpia dos bons ares

Viajantes velejados

De um único lugar

 

PSRosseto

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Paulo Sérgio Rosseto

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP