No escuro
Às vezes tenho a sensação de estar tateando no escuro,
num sótão cheio de coisas velhas,sem conseguir
entender o real significado dos objetos que foram
largados ao longo do tempo por pessoas que,não conheço
e sobre o qual não fui capaz de descobrir nada
realmente significativo.
São lembranças impiedosas que percorrem
como uma onda triste de música ativando a memória
que assenta como um sopro de saudade;
despertando vozes do passado em acusações
resentidas como penitências.
Elas persistem por ser a penitência
sentimento duradouro.
Talvez no final eu encontre uma luz trêmula;
um rasgo minúsculo de tempo-espaço na poesia
derramada
Talvez!
Marcia Portella-Go
Imagem _Pinterest
Comentários
Cara M. Portela: Parabéns pelo poema, o qual me pareceu coadunar, na solidão dos elementos ao crepúsculo, com o ouvir (desde um sótão) o solene murmurar ritmado de vagas em praia cascalhosa, salpicado por grasnados espaçados de distantes gaivotas. Abraço do j. a.
Que poesia linda e misteriosa! Adorei! Abraços!
Maravilhodo poema. DESTACADO.
Oi Marcia Portella:
Expressivo poema que nos leva a emeções sentidas.
Parabéns
Abraços
JC Bridon
Com certeza uma luz trêmula para iluminação será encontrada neste belíssimo Poema onde as lembranças estão por todos lugares.
Uma Poesia de Excelência em lindo texto poético e vocabulário apurado.
Parabéns amiga Poetisa Marcia.
Abraços de Antonio