NOTURNO
Na solidão do ocaso os céus soprados
elevam uma imagem misteriosa…
A praça ensombrecida, penumbrosa,
rumoreja entre arbustos agitados…
As horas tomam ares mais sagrados...
Põem um beijo de sombra em cada rosa…
A lua mística, alta, vagarosa,
recorta a silhueta dos telhados.
Tudo é paz, então… Folhas ressequidas
seguem destinos seus… Rumos diversos,
para ninguém jamais voltar a vê-las...
Assim como palavras esquecidas
cantadas nos refrões de antigos versos
escritos sob a data das estrelas...
(Paulo Mauricio G Silva)
Comentários
De uma lira preciosa! Belo soneto!
A acentuação no sexto pé produz um ritmo maravilhoso.
Aplausos!
O soneto é bastante trabalhoso. Só de um tempo para cá, aprendi a escrevê-los. Antes eu escrevia muito "de ouvido" como se diz.
Obrigado :)